terça-feira, 27 de novembro de 2012

Lenda da guitarra, Jimi Hendrix completaria 70 anos nesta terça

Jornal do Brasil


Todo guitarrista, querendo ou não, tem um pouco de Jimi Hendrix. Seja nas caretas, no jeito de pressionar os pedais ou na hora de se ajoelhar durante um emocionante solo, James Marshall Hendrix, conhecido como Jimi Hendrix, semeou em todos os guitarristas um pouco do seu estilo inventivo. Nascido em Seattle, em 27 de novembro de 1942, Jimi Hendrix completaria 70 anos de idade nesta terça-feira se estivesse vivo. Jimi morreu no dia 18 de setembro de 1970, aos 27 anos, em Londres. 
Embora as circunstâncias tenham sido plenamente esclarecidas, é sabido que o guitarrista morreu asfixiado em seu próprio vômito após ingerir uma grande quantidade de vinho e remédios para dormir. Jimi Hendrix nasceu em Seattle, nos Estados Unidos, e teve sua infância profundamente afetada por problemas familiares que culminaram no divórcio de seus pais, em 1951. Seu primeiro contato com um instrumento de cordas veio em 1958, quando ganhou um ukulele no mesmo ano da morte de sua mãe, fato que o abateu bastante. Seu primeiro violão veio pouco tempo dois. Mais velho, Hendrix se alistou no exército como paraquedista no Tennessee. Após uma fratura no tornozelo recebeu dispensa médica. 
Jimi morreu no dia 18 de setembro de 1970, aos 27 anos, em Londres
Jimi morreu no dia 18 de setembro de 1970, aos 27 anos, em Londres
Seguindo sua grande paixão pela música, o guitarrista tocou com diversas bandas locais até entrar definitivamente no mercado, em 1965. Uma das suas primeiras bandas foi Jimmy James and the Blue Flames, que tocava frequentemente em um café em Nova York. E foi lá que Hendrix foi descoberto por Chas Chandler, baixista da banda britânica The Animals, que o levou até a Inglaterra para conhecer mais pessoas do meio musical e finalmente montar o The Jimi Hendrix Experience ao lado do baixista Noel Redding e do baterista Mitch Mitchell. Suas primeiras apresentações em Londres logo colocaram a cena musical de pernas para o ar. 
Guitarristas célebres locais, como Eric Clapton, Jeff Beck e Pete Townsend falavam sobre o "forasteiro" de técnica invejável. Em 1967 foi lançado o álbum Are You Experienced?Foxy LadyManic DepressionRed HouseFirePurple HazeHey Joe e outras músicas viraram referências instântaneas para os novos grupos britânicos e invadiram as rádios. No mesmo ano lançaram Axis: Bold as Love, que geralmente fica na "sombra" de seus outros álbuns, mas possui destaques como a bela Little Wing e If 6 Was 9. 
No ano seguinte, a rotina de shows pela Europa em combinação com brigas com Noel Redding e abuso de drogas e álcool fizeram com que o trio começasse a desabar. Hendrix chegou a ser preso pela polícia de Estocolmo, na Suécia, após um ataque de fúria que desencadeou na destruição completa de um quarto de hotel. Em 1968 saiu Electric Ladyland, um álbum duplo, com mais experimentalismos e peças como Voodoo Child e uma versão para All Alogn the Watchtower, de Bob Dylan. 
O perfeccionismo de Hendrix no estúdio - há quem diga que a música Gypsy Eyes teve 43 tomadas - e seu temperamento explosivo influenciado pelas drogas tenha abalado sua relação com Chas Chandler, que pediu demissão e vendeu sua parte para Michael Jeffery. Biógrafos apontam que a influência de Jeffery tenha sido ruim para o guitarrista e que ele tenha desviado grandes quantias de dinheiro do guitarrista para contas no exterior. Enquanto Jimi avançava musicalmente para uma vanguarda jamais explorada, seu relacionamento com a banda se desfez. Em 1969 a banda Experiene terminava. Em maio daquele ano, Hendrix foi preso novamente após uma grande quantia de heroína ter sido descoberta em sua bagagem no aeroporto de Toronto, no Canadá. 
Em agosto, o guitarrista montou uma nova banda, Gypsy Suns and Rainbows, para fazer parte do festival de Woodstock. O grupo ficou formado com Jimi Hendrix na guitarra, Billy Cox no baixo, Mitch Mitchel na bateria, Larry Lee na guitarra de apoio e Jerry Velez e Juma Sultan na bateria e percussão. O show, que se tornou um dos mais famosos de sua história, mostra Hendrix visivelmente alterado, mas extremamente inspirado ao tocar uma versão instrumental de The Star Spangled Banner, o hino nacional dos Estados Unidos. 
Sua versão distorcida do hino se tornou uma declaração pela inquietude e insatisfação da juventude contra a sociedade norte-americana. O Gypsy Suns teve vida curta, e Jimi logo formou o trio Band of Gypsys,Billy Cox no baixo e Buddy Miles na bateria.Em 1970 veio o lendário show do festival de Isle of Wight, onde tocou com Mitchell e Cox. 
Morte
Jimi Hendrix morreu em 18 de setembro de 1970. O guitarrista passou parte da noite anterior em uma festa com a namorada Monika Dannemann. Depois disso, ambos foram ao hotel Sammarkand, em Notting Hill. Em seu depoimento, a namorada do guitarrista disse que ele havia tomado nove comprimidos para dormir. Hendrix se asfixiou em seu próprio vômito após ingerir uma grande quantidade de vinho em soma aos comprimidos. As dezenas de versões sobre a morte do guitarrista ganham novas versões ao longo dos anos. James "Tappy" Wright, autor do livro Rock Roadie, chega a apontar que Hendrix teria sido assassinado. Ele escreve que um grupo teria invadido o quarto a pedido do empresário Michael Jeffery e forçado o músico a tomar aquela grande quantidade de álcool e as pílulas. O empresário teria ainda uma apólice de seguro em nome do guitarrista no valor de US$ 2 milhões. Jeffery morreu em 1973 vítima de um acidente de avião. 

sábado, 24 de novembro de 2012

Espírito motivador


Carta Capital

O Contestado – Restos Mortais
Sylvio Back

Contestado – Restos Mortais, novo documentário de Sylvio Back em cartaz a partir da sexta 23, deve ser visto à luz de um passado para que melhor se compreenda sua dimensão. Não do fato histórico apontado pelo título, o conflito entre Paraná e Santa Catarina envolvendo caboclos e forças do governo entre 1912 e 1916, mas do próprio cineasta. O tema é motivo recorrente de sua cinematografia e interesse desde 1970, quando filmou A Guerra dos Pelados, em forma de ficção.
Contexto messiânico. O Contestado, drama e realidade. Foto: Claro Jansson
Torna-se significativo no contexto um outro documentário, O Autorretrato de Bakun, que antecipa o expediente mais controvertido deste agora. Como lá, Back recorre a médiuns para que exponham em transes as mensagens de mortos pela sangrenta guerra.
Quando Contestado foi exibido em Gramado, em 2010, o recurso gerou dúvidas se não seria encenação. Back confirmoua a veracidade, mas tratou a concepção do filme como mescla de ficção e parte documental.

sábado, 17 de novembro de 2012

Caetano, Seu Jorge e Jesse & Joy roubam cena em Grammy Latino

Jornal do Brasil


O cantor Caetano Veloso, nomeado a Personalidade do Ano pela Academia Latina da Gravação, compartilhou o Grammy Latino de melhor álbum de música popular brasileira com Gilberto Gil e Ivete Sangalo por Especial Ivete, Gil e Caetano. A 13ª edição do Grammy Latino aconteceu na quinta-feira (15) em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Na categoria melhor álbum de rock, o prêmio foi para Beto Lee, pelo trabalho Celebração & Sacrifício. Só Danço Samba Ao Vivo, de Emílio Santiago, foi o contemplado na categoria melhor álbum de samba/pagode.
O álbum Músicas para Churrasco - Vol. 1, de Seu Jorge, levou o prêmio de melhor álbum pop contemporâneo brasileiro no Grammy Latino, em cerimônia realizada nesta quinta-feira (15) em Los Angeles. O cantor concorria com trabalhos de Mart'nália, Rita Lee, Zélia Duncan e Céu.
Os irmãos mexicanos que compõem o grupo Jesse & Joy foram os grandes vencedores do Grammy Latino, que os premiou com quatro fonógrafos dourados.
Paula Lavigne, Caetano Veloso e Sônia Braga durante a premiação
Paula Lavigne, Caetano Veloso e Sônia Braga durante a premiação
O tema ¡Corre! foi nomeado a melhor gravação e a melhor canção do ano, e o disco Con quién se queda el perro? foi eleito o melhor álbum vocal pop contemporâneo. A dupla da Cidade do México também levou um fonógrafo dourado por melhor vídeo musical curto (Me voy).
Juanes levou nesta noite os prêmios de melhor álbum do ano e melhor vídeo musical longo, ambos por seu MTV Unplugged. Com isso, o cantor colombiano se tornou o artista latino com mais fonógrafos dourados em sua estante, um total de 20 entre o Grammy Latino e o Grammy anglo-saxão.
Já o dominicano Juan Luis Guerra, que fora nomeado em seis categorias, o número máximo desta edição, venceu como melhor produtor do ano e melhor álbum do ano, os dois pelo MTV Unplugged de Juanes.
Os mexicanos do grupo 3Ball MTY venceram na categoria artista revelação com o álbum Inténtalo.
Além de Jesse & Joy, voltaram para casa com mais de um fonógrafo dourado a também mexicana Carla Morrison, o cubano Arturo Sandoval e o portorriquenho Don Omar.
Também se enquadram nesta categoria os uruguaios do El Cuarteto de Nos, que dominaram os prêmios destinados ao rock ao vencer como melhor álbum de pop/rock (Porfiado) e melhor canção de rock (Cuando sea grande).
Os mexicanos do Molotov foram os vencedores da categoria álbum de rock (Desde Rusia con amor), enquanto Carla Morrison foi premiada por Déjenme Llorar como melhor canção alternativa e melhor álbum de música alternativa.
A dominicana Milly Quezada também teve uma grande noite ao ser laureada com o fonógrafo dourado pelo melhor álbum tropical contemporâneo (Aquí estoy yo) e ser a intérprete do tema Toma mi vida", que valeu a Yoel Henríquez e Álex Puentes o prêmio de melhor canção tropical.
O espanhol David Bisbal conquistou o prêmio de melhor álbum vocal pop tradicional (Una noche en el Teatro Real).

domingo, 11 de novembro de 2012

Morre o ator e diretor Marcos Paulo


O Estadão


Aos 61 anos, artista lutava contra um câncer no esôfago; ele morreu ontem à noite em sua casa, no Rio de Janeiro, devido a uma embolia pulmonar


O ator e diretor da TV Globo Marcos Paulo, de 61 anos, morreu ontem à noite, em casa, no Rio de Janeiro, vítima de embolia pulmonar. Ele lutava contra um câncer no esôfago, detectado em maio do ano passado.
O diretor Marcos Paulo em janeiro - Marcelo Bormac/Divulgação
Marcelo Bormac/Divulgação
O diretor Marcos Paulo em janeiro
O ator descobriu a doença durante um exame de rotina e em agosto de 2011 foi submetido a uma cirurgia que se prolongou por dez horas no Hospital São José, em São Paulo. Depois realizou sessões de quimioterapia e radioterapia.
Otimista e tentando não se deixar abater pela doença, ele não gostava de dar entrevistas sobre o assunto e manteve o ritmo de trabalho. Concluiu o filme Assalto ao Banco Central, sua primeira experiência como diretor de cinema, em meio ao drama do combate ao câncer. O filme estreou em 22 de julho de 2011.
"Não consegui fazer drama em cima disso. Resolvi que não ia ficar me escondendo porque câncer não é uma vergonha. É só mais uma batalha, e não é essa que vai me derrubar", disse, em entrevista à revista Época.
Há três semanas, ele havia se submetido a exames que mostraram total remissão do câncer. Foi o quarto exame após a cirurgia e o resultado levou o ator e diretor a concluir que a doença havia sido vencida. Segundo nota do Hospital São José, no Rio, estava tudo sob controle.
Pai de três filhas (Vanessa, com a modelo Tina Serina; Mariana, com Renata Sorrah; e Giulia, com Flávia Alessandra), Marcos Paulo era constantemente fotografado por paparazzi na praia da Barra da Tijuca caminhando com a mulher, Antonia Fontenelle, e aparentava ter recuperado o peso perdido durante o ano passado, por conta do tratamento. Em uma entrevista recente, disse que sua vida era "absolutamente normal".
Com a mulher, que permanecera ao seu lado durante todo o tratamento, Marcos Paulo trabalhava na produção do que marcaria seu segundo filme como diretor. Segundo ele, Sequestrados seria um "thriller policial", com cenas gravadas no Amazonas. O elenco teria Lima Duarte, Milhem Cortaz, Fábio Lago, Vinícius de Oliveira e Eriberto Leão.
Ontem mesmo, Marcos Paulo havia retornado de uma viagem muito cansativa a Manaus.
Paulistano. Marcos Paulo Simões nasceu em São Paulo, em 1º de março de 1951, e foi criado no bairro do Bexiga. Não chegou a conhecer o pai e perdeu a mãe no dia seguinte ao seu nascimento, sendo então criado inicialmente pela avó e depois adotado pelo dramaturgo Vicente Sesso.
Sua primeira novela foi O morro dos ventos uivantes, da TV Excelsior, em 1967, quando ele tinha apenas 16 anos. Passou ainda pela Record e pela Bandeirantes antes de ir para a TV Globo, em 1970. Sua estreia na emissora carioca foi na novela Pigmalião 70, escrita por Sesso. Em seguida trabalhou em Próxima Atração (1970), Minha Doce Namorada (1971) e O Primeiro Amor, quando interpretou seu primeiro vilão - Rafa, líder de uma gangue de motociclistas.
Em 1978, Marcos Paulo passou cinco meses nos EUA fazendo um curso de direção. Estreou como diretor no mesmo ano, na novela Dancin’ Days, de Gilberto Braga, ao lado de Dennis Carvalho e José Carlos Pieri. Também ajudou a dirigir Roque Santeiro, em 1985, e outras novelas, como Brilhante, de 1981.
Ainda assinou a direção-geral de várias produções da Globo, com destaque para Fera Ferida (1993), A Indomada (1997) e Porto dos Milagres (2001). / COLABOROU CRISTINA PADIGLIONE

domingo, 4 de novembro de 2012

Morre Carmélia Alves, a Rainha do Baião

Jornal do Brasil


O corpo da cantora Carmélia Alves foi velado na tarde deste domingo, no cemitério Pechincha, próximo ao Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá. Ela morreu na noite deste sábado, aos 89 anos. Conhecida como a Rainha do Baião, ela estava internada há cerca de um mês no Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Carmélia teve falência múltipla dos órgãos.
A artista era portadora do Mal de Alzheimer e também tinha câncer. 
Carmélia Alves, a Rainha do Baião, morreu no Rio aos 89 anos
Carmélia Alves, a Rainha do Baião, morreu no Rio aos 89 anos
Foi Luís Gonzaga quem deu a Carmélia o título de Rainha do Baião. Na década de 50 ela fez sucesso com Sabiá na gaiola. Vendeu milhares de cópias, o que obrigou a gravadora Continental de Buenos Aires a abrir outra filial para atender a venda tão grande. 
A cantora ganhou todos os prêmios importantes da época, que estão expostos em um museu. Foi crooner da boate do hotel Copacabana Palace e integrou o grupo "Cantoras do Rádio", formado em 1988, ao lado das amigas Ellen, Violeta e Carminha.