Silvia Costa da Silva
No sétimo dia
Da tua morte para mim
Vi tua alma a caminhar.
No sétimo dia
Da tua missa rezada por mim
Vi tua cara a me afrontar.
No sétimo dia
Vagas pela escuridão
À procura de quem lhe feche os olhos
Abertos na solidão.
No sétimo dia
És alma penada
Pela pena que compraste
Pelos vinténs que valem nada.
No sétimo dia
Acordei para o mundo
E vi o teu corpo mudo
Calando a culpa no fundo...
Do sétimo dia
Onde mataste com a alma fria
Milhares de vidas
Plantadas, perdidas
Nos sonhos sem fim.